Quinta-feira, 30 de Novembro de 2006

...

as escadas cá de cima lá para baixo

cá em cima, longe demais, não se vê nada lá para baixo,

cá em baixo, perto demais, também não,

alguém ouviu o silêncio das músicas a entrarem dentro de mim?

ninguém ouviu o estrondo do pó a cair?

se calhar fui só eu que vi as nuvens gordas a sorrir, lá em cima... nevoeiro afinal, perto demais

não importa, eu senti!


publicado por agoraeu às 01:56
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Quarta-feira, 29 de Novembro de 2006

pois

a tua pequena dor
quase nem sequer te dói
é só um ligeiro ardor
que não mata mas que mói

é uma dor pequenina
quase como se não fosse
é como uma tangerina
tem um sumo agridoce

de onde vem essa dor
se a causa não se vê
se não é por desamor
então é uma dor de quê?

não exponhas essa dor
é preciosa é só tua
não a mostres tem pudor
é o lado oculto da lua

não é vicío nem custume
deve ser inquietação
não há nada que a arrume
dentro do teu coração

talvez seja a dor do ser
só a sente quem a tem
ou será a dor de ver
a dor de ir mais além?

certo é ser a dor de quem
não se dá por satisfeito
não a mates guarda bem
guardada no fundo do peito.

 

Rui Veloso & Carlos Tê


publicado por agoraeu às 23:35
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Sexta-feira, 24 de Novembro de 2006

to an old friend, faded hero, orange sky

So what if your heroes changed their minds
And all you thought was right flew out the window
And all you based your life on wasn't real

So what if your hero sells its soul
And all your wildest dreams seem dull and dreary
And all your secret thoughts seem cheap and lonesome

What you going to do so all alone now

Singing to the birds
Singing to the birds
Singing to the birds
Singing

So what if your hero fades away
And all the things you thought were orange were gray now
Who is it who brings you some new colors

So what if your hero never was
What you going to do
So all alone there

Singing to the birds
Singing to the birds
Singing

It's partly sunny, it's partly rain, mostly curious
Or full of pain
You could learn to love yourself
Singing to the birds

And what if your hero never was
And all the time you wasted wasn't real
And all your wounds decided just to heal
And all your wildest dreams were full of color
And all your secret thoughts belonged to you
What you going to do so all alone here

Singing to the birds
Singing to the birds
Singing to the birds
Singing

It's partly sunny, partly rain, mostly curious or full of pain
You got to learn to count on someone
'Cause it's mostly pain
And it's kind of curious when it rains and
You could learn to love yourself
You could learn to love yourself
You could even learn to be yourself
Singing to the birds

(Lisa Germano)

 

lá atrás exitem mil eus e eles...  nem eu os distingo

 


publicado por agoraeu às 20:30
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Quinta-feira, 23 de Novembro de 2006

triângulo equilátero

antes de partir é preciso pedir que nos devolvam as caixas com aquilo que somos,

que não cabendo dentro de nós confiamos nas mãos daqueles que são nossos amigos,

e na incapacidade de pedir, permanecemos assim,

linhas exteriores, abraçadas, presas por pontos,

e no meio espaço em branco, escrito de tanto, riscado por nada.


publicado por agoraeu às 22:16
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...

na força herdada daqueles que são muito mais fortes que eu,

na revolta das injustiças que a vida traz àqueles que amo,

descubro que talvez a loucura delirante dormente, seja só uma forma de nos escondermos,

faz-de-conta quando a vida e o medo são maiores que nós


publicado por agoraeu às 22:08
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...

e de repente em tanto tempo, aqueles que um dia foram falsamente muito, passam a ser menos que nada, não por mágoa mas porque assim o quiseram,

e os outros, que tantas vezes passaram distraidamente, conquistam espaços há muito proibidos em mim, abraçam-me na vontade que fiquem,

e na tristeza de já não me sentir triste com a frieza disto tudo, na ironia que só eu conheço, nunca como antes sigo em frente, olho ao fundo, mudo mas permaneço eu,

porque finalmente acredito que o caminho que percorri serviu para chegar aqui... ao que tenho, muito mais que aqueles que comodamente morreram sem lutar


publicado por agoraeu às 21:59
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Terça-feira, 7 de Novembro de 2006

...

Com um pé em cima de algo escorregadio,

se num lugar mais fácil o atrito me fere o corpo,

na dúvida de pôr a mão segura naquilo que foge,

e os mesmos olhos se enchem de frio,

compreensão em desiquilíbrio,

permaneço assim e nem sei se quero.


publicado por agoraeu às 14:05
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Quarta-feira, 1 de Novembro de 2006

hoje

sossega-se o coração, há dias assim em que não nos decepcionamos com nada, não estamos tristes, não rimos, mas sorrimos. seremos tristes? ingénuos adormecidos? e abraçamo-nos com quem nos sossega o coração.

publicado por agoraeu às 14:26
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plagiado vezes demais

em memória de todos os meus poetas mortos:

"...e de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."

Miguel Sousa Tavares


publicado por agoraeu às 14:09
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agora que eu se tornou público

objectivo tenta-se perceber percebermo-nos sempre gostei de saber o que os outros dizem mas nunca gostei muito que enfiassem o nariz dentro dos meus pulmões defeito logo igual a quase toda a gente inverte-se o conceito logo parvo de um blog como este que supostamente deveria ser privado e foi até de mim quando apagava aquilo que não queria ver mas deixou de ser talvez porque na verdade não tenho nada a mostrar e também não importa muito o que não pensem estado a que se chega quando na realidade não estando sempre bem com a vida estamos mesmo muito bem connosco subjectivo as palavras serão sempre minhas os pontos e as vírgulas serão sempre vossos... (reticências)

publicado por agoraeu às 14:01
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